sexta-feira, 17 de abril de 2009

ENTRE DUAS PESSOAS


Você está acompanhando meu raciocínio desde o início? Espero que sim, ficará mais fácil de me entender. Pegando o gancho do equilíbrio comentado ontem, que foi levado para o relacionamento social, entre o eu – indivíduo e o nós – sociedade, pensei sobre a relação entre o eu – indivíduo com outro indivíduo.
Tem um tempo que eu tento me libertar das amarras da “posse”, mas é muito difícil! Queremos que as pessoas que amamos ajam como agimos, pense como pensamos e faça o que nós fazemos. Como podemos querer isso? Afinal, somos diferentes, temos estórias diferentes, crenças e idéias diferentes, isso sem questionar as diferenças morais e as de caráter religioso.
Por que desejamos isso? Quais os elementos que não conseguimos digerir para que essa realidade seja claramente identificada? Digo isso porque sei que não somos somente nós, simples mortais, que passamos por essa dificuldade, quase todos passam, pensadores, cientistas, religiosos, e todos os demais.
Talvez seja uma questão de auto-responsabilização? Não sei, penso que só em pouquíssimos casos. Talvez uma carência traumática? Em alguns casos sim... Mas, a grande maioria tem uma estória de vida comum, sem grandes tragédias ou fatos tão singulares. E nesses casos, o que justifica esse sentimento? Porque não podemos conviver com a diversidade de sentimentos, de jeitos, de humores? Porque somos tão cartesianos nesse sentido? Porque é mais fácil compreender o simples do que o complexo, talvez.
“Parar para pensar nas ações dos outros, quanta impropriedade!” me diriam alguns. Mas, se não compreendermos que todas essas diferenças geram comportamentos diferentes e que eles, vão desembocar num limite individual, que definirá que cada um só dá o que pode dar (a quantidade de amor, de compreensão, de companheirismo, tolerância, de humildade, se seriedade, de solidariedade e tudo o mais) não compreenderemos nunca porque alguém faz algo diferente do que fazemos. Essa é uma das verdades mais libertadoras para o ser humano que eu conheço, na minha pequenez, claro!
Pense comigo: se eu compreendo que fulano de tal age assim, tão diferente de mim, por “isso e por aquilo”, ou seja, porque ele enxerga o mundo assim, não sou eu que vou mudar, porque essa mudança vem de uma intenção íntima, então, ou lido com isso ou procuro novos “pares” ou morro de desgosto tentando fazê-lo mudar! Não é assim?!
Simplifiquemos nossas vidas! Pensem nas diversidades e tudo o que isso significa. Cada um é um produto de uma matriz com muitíssimas variáveis. Por isso temos irmãos dentro de casa que são tão diferentes de nós, mesmo tendo a mesma família e a mesma criação.
Aceite o seu limite e o limite dos outros!

11 comentários:

  1. " Aceite o Limite dos outros!"
    se nos conseguisemos respeitar os limites dos outros muitas coisas mudariam, em relação trabalho,Família, relacionamentos em geral. e uma questão difícil e um aprendizado diário que requer humildade,sabedoria para lidar com situações que nus levam a atitudes muitas vezes desagradáveis.
    o texto e muito agradável e nus faz refletir sobre nossa vida.

    Vera Damascena.

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  2. Isso é a mais pura realidade, onde temos um exemplo dentro de casa!!!
    O sábio é aquele que respeita que sabe escutar e consegue filtrar as idéias.

    RESPEITO MÚTUO É A CHAVE.

    Beijos.
    Anderson Felipe

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  3. Tendemos a crer que os valores melhores são os nossos, que a religião melhor é a nossa, que somos os donos da verdade. Muitas vezes por ignorarmos a diversidade que nos rodeia, e por não aceitarmos que não podemos moldar a nossa forma. Seguindo o racicínio da Vera, temos que ter humildade para lidar com as situações e usar as diferenças para o nosso crescimento, se soubermos esse crescimento poderá ser ilimitado e a vida em "sociedade" muito mais fácil e agradável.

    Bjusssssssssssss tá show seu blog!!!

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  4. Estamos sempre querendo que os outros,aceitem nossas opniões ,decisões ,mais muitas vezes não aceitamos as diferenças dos outros.Temos que pensar que não podemos tentar mudar as pessoas e sim aprender a conviver com as diferenças de cada um e respeitar seus limites,assim fica mais facil viver em sociedade.

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  5. Oi Luciana!
    Fico muito feliz em comentar no seu blog! Já sabia que você era uma pessoa maravilhosa de um bom humor ímpar, mas agora você me impressionou. Parabéns pelo texto sobre a compreensão do outro, um assunto que apesar de parecer batido tem que ser revisto, revisto, revisto... sempree!
    Na minha opinião, a grande dificuldade do homem em compreender o outro vem de dois pontos: primeiro, nossa hipocrisia involuntária e, preguiça para reflexão.
    Vivemos numa sociedade permeada por uma moral que muitas vezes aliena o homem e poda sua vontade própria, simplismente para mantê-lo no comodismo de viver no padronizado. Como estamos tão acostumados a viver nesse sistema, julgamos como errado alguém que fuja dos padrões, como um sentimento vingativo de: "se eu não posso ser, por que ele seria?". A partir daí, a diferença se torna o ridículo, o errado, o desleixado. Esquecemos que aquilo que repudiamos é o que um dia nos foi negado.
    Para piorar, muita gente não para para refletir suas próprias ações, podando assim a liberdade daqueles que tem coragem de viver como realmente querem.
    Não precisamos gostar, precisamos apenas respeitar e viver nossa prórpria vida

    Parabéns, Luc
    Beijão

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  6. Oi tia,

    Eu confesso que tenho um grande problema com as diferenças, sempre penso que sou muitooooo diferente dos outros, que isso não é normal, que eles pensam diferente de mim,mas cheguei a conclusão que sou diferente SIM poque ninguém é igual, todos temos nossas caracteristícas, qualidades e defeitos, isso não me faz pior nem melhor do que ninguém!Me faz ser única e isso é maravilhoso!!!
    Bjim
    Camila Corrêa

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  7. Como podemos amar e aceitar pessoas que são tão diferentes de nós? essa é uma pergunta difícil de ser respondida. Eu sempre desejo eliminar aquilo que me gera conflito. Na minha experiencia eu acho que é mais fácil lidar com uma diferença na sociedade em geral do que com uma diferença em casa, na família. Quem não já pensou um dia (ou até mesmo o fez) dividir um aluguel com um amigo para fugir das diferenças da família? eu já!
    Só quando reconhecer meus erros e minhas fragilidades e que vou saber aceitar os outros.

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  8. Somos todos diferentes, apesar de alguns serem parecidos com agente,devemos respeitar os que nada tem haver,do mesmo jeito que uma pessoa pode ser diferente aos nossos olhos,nos tambem seremos diferentes aos seus olhos.

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  9. Aceitar o próximo é uma árdua tarefa, complicada para praticamente 100% da população. Aceitar as diferenças e acabar com o preconceito essa é nossa meta.

    http://danielpublicidade.wordpress.com

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  10. Seria o fim das separações de casais se aceitássemos o outro como ele é. Ninguém muda só porque nós queremos. As diferenças sempre existiram, temos que trabalhar em nós sua aceitação.

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  11. Não saber lidar com a diversidade de pensamentos implica em ser incompreensível com as outras pessoas. E ai eu levanto outra questão, será que desse jeito é que esperamos que os outros nos compreendam? Lembrar que cada um de nos tem pontos de vista distintos e lembrar que um mesmo tema pode ter varias linhas de pensamento ajudam a ser mais compreensivas a essas variações, e é um dos fundamentos para saber viver em uma sociedade harmónica.

    Leonardo Hideki

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