quarta-feira, 19 de setembro de 2012

BEM/BOM x MAL/MAU

Estou naqueles momentos de observação da vida, de inquietude intelectual, precisando de “pílulas satisfação” que no meu caso, às vezes, são encontradas em pensamentos, reflexões. Explico melhor: procuro sempre identificar o que me deixa insatisfeita. A partir daí, procuro soluções razoáveis para que isso deixe de acontecer. Algumas vezes as soluções práticas de algumas insatisfações são encontradas outras não. Mas, na realidade percebi em situações similares anteriores, que o fato de parar e pensar sobre essas insatisfações acabam trazendo um tipo de satisfação que supre a falta de solução de alguns casos. Engraçado isso! Por exemplo: quem me conhece um pouco, provavelmente sabe que a situação social do país e do mundo me deixa muito triste, SEMPRE. Infelizmente, por mais que eu pense sobre isso, nunca vou conseguir resolver o “problema”. Apesar disso, invisto meu raciocínio algumas horas neste assunto, sempre. Fato é que pensando nele, tenho outras ideias que circulam o assunto e de uma forma ou de outra acabam trazendo uma satisfação que, apesar de não substituir aquela que seria monumental (a solução dos problemas sociais), ameniza a agonia que sinto no peito. Hoje, pensando sobre as mazelas do mundo, caiu a seguinte ficha: PORQUE AS PESSOAS PRIVILEGIAM TANTO AS INFORMAÇÕES DESAGRADÁVEIS? Qual a sensação que as pessoas sentem em ver desgraças, vergonhas, castigos, violência e tantas outras coisas que não mereciam nem que fossem nomeadas? Analisei rapidamente alguns sites e percebi que são recheados dessas informações, reforçadas por chamadas sensacionalistas. Pra isso existe um bom redator? Porque não evidenciar as boas notícias? Porque estas notícias são banalizadas e desvalorizadas? Porque para a maioria das pessoas o bom/bem é chato e sem graça e o mau/mal é atraente, sedutor e grande parte das vezes irresistível? Até onde vai a cultura do indevido? Será que inconscientemente as famílias não estão cultivando os exemplos errados? Sabem o que eu acho é? Acho que é assim porque mais fácil. Pra onde foi a vontade de vencer através da educação, de um trabalho digno e produtivo? O que aconteceu com as famílias? Estão desmanteladas e sem tutoria devida. Elas foram desmembradas pela necessidade aviltante do dinheiro e sucumbidas pela imoralidade paterna, na grande maioria dos casos. O censo prova o abandono paterno dos lares. Os filhos foram criados nas ruas. Rua não tem compaixão, moral ou orientação esmerada. Rua tem a crueldade infante que agride pelo prazer da subjugação: manda o mais forte. E o mais forte está armado, drogado e com dinheiro no bolso. Somos reféns da nossa incompetência estrutural: a partir do momento em que as famílias se viram obrigadas a abrir mão da educação materna, que saiu às ruas para trazer mais dinheiro pra casa, devia ter encontrado uma forma de orientação para nossas futuras gerações, com mais propriedade. Não fizemos. Agora, temos muitos jovens animalizados, embrutecidos, escarnecedores, vis, egocêntricos, violentos que sequer se imaginam caminhando sobre o trilho da vida “correta”. Tudo é tão diferente e difícil que parece pertencer a um mundo distante. É muito mais fácil ganhar alguns mil reais vendendo drogas do que ter que estudar 16 anos pra conseguir chegar nesse salário. É muito mais fácil roubar do que ter que trabalhar o mês inteiro pra comprar algo. É muito mais fácil estuprar do que conquistar o parceiro. É muito mais fácil ser político pra fazer fortuna roubando da sociedade do que trabalhando. É muito menos trabalhoso fingir que faz do que fazer. Resumindo: é muito mais fácil ser mau e fazer o mal. Ser bom requer resistência, moral, caráter, força de vontade... Fazer o bem requer desapego material, espiritualidade, felicidade, tolerância, caridade, humildade, integridade, equilíbrio emocional entre outras coisas. Esses valores a gente aprende EM CASA! Somos como bonequinhos de massa que são moldados antes que a massa seque. Precisamos aprender essas coisas DIFÍCEIS desde pequenos e ainda assim, corremos o risco de ir para o lado escuro da força. É claro que existem outros tipos de casos que envolvem psicologia, psiquiatria, religião e outras vertentes as quais eu não vou entrar, é claro. Então, observando tudo isso, minha resposta é: SÓ DE SACANAGEM, VOU CONTINUAR FALANDO SOBRE COISAS QUE CONSIDERO IMPORTANTES como se eu estivesse conversando com minha família, amigos e alunos. “Praqueles”, certamente será CHATO. Para outros, tenho a certeza de que podem ser assuntos que vão render novas, boas e grandes ideias! PRETENDO SEMPRE PRIVILEGIAR A BONDADE, O ATO DIGNO E O LADO CLARO DA FORÇA. Acredito que a gente atrai aquilo que pensa, então, eu escolhi meu caminho. Eu estudo, trabalho dignamente, trato as pessoas com cordialidade e educação. Acho que o bom humor me ajuda a viver melhor e interfere na vida de todos que convivem comigo, acredito que a boa energia aproxima pessoas e afasta outras que não seriam bem vindas. Ralo muito e nada é fácil. Mas, eu escolhi esse caminho pra mim. E você, escolheu o seu?