sábado, 5 de outubro de 2013

A SOBERBA AUTÊNTICA PARA UM GOVERNO DE FÉ

Realmente, cada dia que passa eu acho que a ciência e a religião se aproximam. Fico encantada com alguns programas apresentados no History Channel, que infelizmente é um canal fechado. Esses dias eu estava assistindo uma matéria que falava sobre o comportamento atual da sociedade e traçando um cruzamento com uma característica que, a princípio entendemos como religiosa: a soberba. Contudo, em Yale, uma das melhores faculdades do planeta, cientistas descobriram que essa característica pode estar em nosso DNA e sugerem que talvez, todos os seres humanos estejam “infectados” dela, pois descobriram que os macacos têm genes que definem comportamentos soberbos, fazendo-os supervalorizarem o que se tem, o chamado efeito da dotação (percebeu alguma semelhança?), tornando-os orgulhosos do que possuem. Enquanto a religião culpa o “diabo”, a ciência chega cada dia mais perto de respostas claras. A soberba apresenta, de acordo com os estudiosos, duas fases: a soberba autêntica e a soberba obrística. Na primeira ela desperta um sentimento positivo, de busca e de felicidade. Vem da retidão e da constante crença no positivismo, em energias revigorantes dispensadas pelo onipresente. Poderíamos dizer que é a soberba da fé. Aquela que não agride ou diminui ninguém, vem de dentro e é utilizada para a própria pessoa. Conforta e equilibra. A outra vem do orgulho de segregação, de superação de um sobre o outro. Dissipa energia, constrói concorrência insalubre, instala a inveja e um séquito de outras ações menos virtuosas ou como alguns falam: vários outros pecados. Desperta o sentimento de posse. Na atualidade, a soberba obrística chega a ser glamourosa, construindo uma imagem desejada por muitas pessoas. Usam a beleza como elemento de segregação comercial, populacional, romântica e cultural. Alguns, mais gravemente infectados, acreditam que ela, a beleza, é indispensável para se obter boas condições de vida e de procriação. E, como acaba sendo o comportamento da maioria, acaba sendo o comportamento comum. Então, chega a ciência, de mansinho, pra cooperar com a orientação e reestruturação social, descobrindo que em determinados comportamentos existem o lado certo e o errado dos comportamentos ideais para a coletividade. Um ajuda, o outro não. Lados da mesma moeda, que a sociedade se viciou em olhar de um lado só. Isso é maravilhoso, não é? Agora nos resta tentar aprender com a tecnologia (neste caso, social) que surge a cada dia e aos poucos, com seu uso, nos tornarmos seres sociais melhores. É um super desafio! Eu, particularmente, penso que devemos nos felicitar das conquistas, mas sem nos considerarmos melhores que qualquer outra pessoa, seja pelo motivo que for. Cada ser tem o seu objetivo, seu propósito e acredito que nada acontece por coincidência. E, sendo assim, diferentes por natureza. Aí te pergunto: como podem existir pessoas melhores e piores? Existem caminhos, escolhas e perspectivas diferentes. Afinal, o que é bom pra você, pode não ser tão bom para o outro. Nos países onde a população vive melhor, o governo utiliza a soberba autêntica, o nosso utiliza a obrística, infelizmente e você? Já pensou nisso?