segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O QUE VOCÊ CONSOME?


Às vezes fico sem entender porque o ser humano é tão facilmente seduzido por qualquer coisa relacionada ao sexo. É uma avalanche diária de apelações sexuais na vida cotidiana. Vendem perfumes, carros, viagens, roupas, CD, DVD, computador e qualquer coisa que for relacionada ao poder sexual que o objeto trará para o consumidor, mesmo que inconscientemente. Chega a ser impressionante. Quando eu me lembro que esse poder da luxúria é conhecido desde a antiguidade, junto com seus outros companheiros de pecado, cai a ficha do porque disso tudo. Vamos fazer numa breve retrospectiva histórica. Desde os tempos remotos, até meados de 300 d.C, era hábito corrente a realização de reuniões religiosas onde os participantes se despiam, se ungiam (massagem com óleo) e depois copulavam celebrando os evangelhos gnósticos que ainda estavam na bíblia naquele período. Na tentativa de fugir das tentações pecaminosas de Constantinopla, um monge, lá pelos 370 d.C, isolou-se no deserto e começou a catalogar seus pensamentos. Em sua lista final restaram os pecados mais perigosos: ira, gula, avareza, vaidade, melancolia, preguiça, orgulho e a luxúria. Esta última, tratada com mais cuidado pelos monges que se açoitavam e se queimavam para que seus pensamentos se desviassem dos pensamentos luxuriantes. Estes pecados foram assumidos pela igreja a partir do papa Gregório em 590 d.C, que fez uma pequena modificação, reduzindo para 7 pecados, institucionalizando-os como parte da doutrina católica e os evangelhos gnósticos foram destruídos. Instituiu o celibato, de modo que pudesse controlar as atividades sexuais dos monges, além de utilizá-lo como forma de sedimentação do seu poder, evitando a hereditariedade no clero. Paralelamente, criou as 7 virtudes, que deveriam dirigir as populações, passando a dizer que quem não se comportasse daquela forma iria para o inferno, que só para constar, não aparece de forma literal em nenhum momento na Bíblia. Surgem então os demônios, um para cada pecado. Os monges, assim como a população, passam a temer a luxúria mais que qualquer outro pecado. A atitude do papa foi exclusivamente para controle social, pois a sociedade desse período tinha hábitos sexuais desprovidos de escrúpulos, mantendo relações sexuais mesmo em locais públicos. Tanto para os romanos quanto para os gregos o sexo era uma forma de experimentação do corpo que deveria ser provada na sua completude. Em 1320 d.C surge a “confissão” para que o clero pudesse tomar a sociedade pela rédea e imputar penalidades e culpa. No séc. XVI o cristianismo se divide com a reforma protestante: o povo já não aceita tudo o que vem da igreja. Um determinado grupo rejeitou a confissão veementemente e fugiu para a América, de modo que mantivessem puras as regras sociais (sem confissão para redenção) onde não haveria lugar para o pecado e lá, marcavam mulheres adulteras e decapitavam homens infiéis. A partir de 1800 começa a repressão sexual de forma ostensiva. Sexo só no casamento. Todo tipo de variação que não fosse a obtida no casamento era tida como anormalidade. Já em 1920, as mulheres reassumem a identidade sexual que achavam que lhes era de direito. Nos anos 50 com a chegada da pílula um novo modelo comportamental se instala e a partir dos anos 60 as amarras não mais as mesmas. Apesar de todo o esforço das religiões, me parece que não houve muito sucesso na vitória conta esse pecado em especial. Cientistas provam a cada dia que o cérebro humano reage inadvertidamente quando excitado. Demonstram as ações e influências das substâncias no corpo e a dependência emocional que elas causam. Ou seja, quanto mais excitação, menos discernimento para as escolhas. As ressonâncias magnéticas provam isso: quando excitados os corpos redirecionam suas atividades para a finalidade reprodutiva e que se dane o resto! E o que se vê então hoje é uma ode ao sexo. Uma completa manipulação dos desejos dos menos avisados para que eles decidam comprar. É muita baixaria ter que excitar alguém para vender, você não acha? E se isso for aplicado aos seus filhos? Pecado capital? Talvez não seja esse o apelo correto, mas que o combate aos excessos é uma batalha real que deve ser travada todos os dias, lá isso é verdade. Eles são derivados das nossas decisões, que nos afetam diretamente e afetam toda a sociedade. Penso que o equilíbrio é a base de tudo. Cuidado, você pode ser uma mera marionete do mercado. Quero que minhas reações sejam definidas por mim e para meu uso, não manipuladas para realizar o planejamento financeiro de ninguém. E você?

terça-feira, 25 de agosto de 2009

NOTÍCIAS DO PLANALTO CENTRAL


Enquanto no picadeiro central (sim, porque tudo isso é uma grande palhaçada!) as brincadeiras ganharam alfinetes (Suplicy cobra Sarney em público e ele não gostou nadinha disso!), nos bastidores continua o grande pique-pega. A caçada às provas da visita da Secretária da receita federal a ministra Dilma: Nada foi visto e nada é provado! Como pode? Ninguém consegue nem chegar perto da sala sem mostrar até o contracheque (ahahahah), imagina se não tem registro de quem entrou. Agora, como se tudo isso não fosse suficiente para incriminar os superiores, como forma de apoio, hoje pela manhã 12 funcionários do alto escalão da receita pediram afastamento! Imagino que se fosse algo sigilosamente errado, não estaria na boca e nos ouvidos de 12 funcionários da mesma casa... Sei não. Mas, pode ser um grande blefe, vai saber. De qualquer forma, as discussões por aqui se agravam e começam a fazer movimento nas classes mais afastadas do congresso. Estudantes já se pronunciaram na frente do congresso, evento que foi abafado pela mídia. A pizza mais conhecida do Brasil (a que é servida constantemente no congresso nacional) parece que desta vez será servida fria! Será?!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

RACISTA, EU?!


Biologicamente dentro da espécie dos homo sapiens não existem subespécies, esta é a última afirmação de renomados biólogos. Afirmam que as variações que existem em relação à aparência do homem são, a princípio e na antiguidade, derivadas de adaptações genéticas para uma melhor adaptação em relação ao clima, relevo e modo de vida do homem no planeta terra, pois é sabido que viver no clima tropical é muito diferente que viver na montanha. Diante desta necessidade, a sábia máquina humana rearanjou três variáveis (segundo estes mesmos pesquisadores) para que essa tarefa se tornasse menos complicada. Contudo, esta tarefa não modificou os elementos básicos que caracterizam o indivíduo como “homem”, ou seja, apesar das pequenas diferenças superficiais, somos iguais biologicamente, não há quem negue isso. Temos as mesmas necessidades e funções orgânicas e psicológicas. Dizem ainda, que isso não acontece com os macacos, eles tem mais variações genéticas que os homens, por isso, podem ser diferentes. Considerando estes elementos, me atrevo a afirmar na minha concepção, o racismo é mais que uma questão de preconceito, é uma questão psicológica. Ele reflete o posicionamento sócio-político e cultural, demonstrando claramente os limites de cada indivíduo. Este limite pode sera difrença entre a vida e a morte e uma pessoa, acredite! Uma pesquisa internacional (americana ou Inglesa) mapeou que o corpo de pacientes sofria modificações nos batimentos cardíacos e pressão arterial quando eles eram atendidos por pessoas de diferentes “raças”. Isto demonstra que as questões raciais estão tão enraizadas que necessitam de um trabalho mais profundo, inclusive com abordagem psicológica e familiar, para que possa ser resolvido. As crianças não nascem com preconceito, recebem isto da família que passa a exigir dela um determinado comportamento, o que eles mesmos têm, cheio de preconceito. Então, a luta pela queda do preconceito partirá daqueles que perceberem em si as indicações deste comportamento. Taí uma ótima questão para você pensar, não acha? Você é ou não é racista? Pense nisso!