terça-feira, 17 de novembro de 2015

GANHAR OU CONQUISTAR?

Estava aqui pensando... ou está tudo muito distorcido e errado ou estou perdendo a noção da realidade. Deixa eu ser mais exata: me dei conta de que em vários programas de tv, existem quadros que oferecem premiações para participantes. Pode ser uma viagem, dinheiro, carro ou outras coisas. Fiquei pensando na mensagem subliminar ou inconsciente que esses quadros passam... Não sou nenhuma expert em educação, nem em neurolinguística ou nada similar, mas pra mim não parece muito bom alguém receber qualquer prêmio por executar uma “prova” que não requer qualquer tipo de “perícia”... assim: “vocês vão ganhar uma viagem com tudo pago se conseguirem recolher 1000 botões de camisa em 1h!!" Isso me passa a ideia de que essa premiação diz pra quem recebeu, que a sorte fala mais alto que o esforço de se qualificar e achar uma boa posição de trabalho que possibilite essas conquistas através do trabalho, além de criar uma identidade filantrópica que, neste caso, não é real. Fico impressionada com a força que a mídia de massa tem. Por mais que a gente avise, aconselhe e mostre, a pessoa não consegue perceber que as mensagens que esses programas passam, fazem elas entrarem dentro de uma caixinha junto com tantos milhões de pessoas, que passarão a agir como marionetes, consumindo, se comportando e desejando o que eles querem que você consuma, faça e deseje. São campanhas gigantes e longas sobre celebridades, que pouco fazem ou beneficiam a sociedade em detrimento de cientistas que desenvolvem curas, educadores que promovem o desenvolvimento e manutenção das profissões, médicos que salvam vidas, bombeiros que socorrem o impensável ou até mesmo, desmerecendo artistas valorosos, que contribuem efetivamente com sua arte, seja música, atuação, escultura, pintura, cinema e todas as outras. Modinhas lançadas, comportamentos viralizados e “normalizados”, novas necessidades criadas única e exclusivamente para criar consumo. Criam padrões “glamurizados”, praticamente inalcançáveis, onde a cultura do que é caro que é bom, estratificou nossa sociedade entre os que podem comprar e os que não podem. Usam a fragilidade do emocional coletivo brasileiro para vender o que eles querem, quase na base duma “hipnose pseudo moderna” que faz a população sentir-se subconscientemente incapaz de conquistar tudo aquilo. Eis que surgem os grandes HERÓIS brasileiros, que oferecem “migalhas que não matarão a fome e ainda podem prejudicar o resto da vida da pessoa por ter conhecido o sabor daquilo que não pode comprar”, fazendo essa pessoa ainda agradecer em nome de DEUS àquele que “deu” aquela prova de bem ou chance para aquela criatura. Mas ele não sabe como vai fazer pra conseguir ter outra vez aquilo... Ou como ele vai manter o bem que ganhou. São poucos os quadros que efetivamente ajudam o próximo e mudam realmente sua vida. Geram uma sociedade que torce pro filho tentar ser jogador de futebol, mesmo que, (num cálculo bem supositório, sejam 100 times nacionais, com 50 atletas dos sonhos e financiados, que o salário médio seja R$500mil/mês) sejam apenas 5.000 pessoas numa população de 200milhões de habitantes, isso dá 0,0025% ou seja, uma a cada 400 pessoas!! Imaginem a quantidade de médicos, professores, enfermeiros, bombeiros, bancários, empreendedores... Qual das duas opções pode mesmo mudar a sua vida? Aquela que eles criaram na nossa cabeça ou aquela que efetivamente está ao nosso alcance? A grande maioria dos “pobres” sonha em ser jogador ou artista, encorpando o grupo de iludidos pela vida e dependentes de “favores”. Os podres poderosos querem que todos nós fiquemos assim: inertes, passivos, moribundos, pobres, ignorantes, desqualificados, subempregados e dependentes dos favores desses mesmos podres poderosos. ACORDA GENTE!! Se você deseja uma mudança na vida, inicialmente se qualifique, estude. Se você se qualificar, mas se qualificar de verdade, o que significa saber usar as informações técnicas que você obteve, a chance de conseguir um bom trabalho é muito grande, o que vai te oferecer um bom salário, que compra o que você precisa, com dignidade. Porque é mais fácil ganhar as coisas de alguém? Você acha que quem pode te dar alguma coisa, ganha algo de alguém? Improvável, porque quem quer poder pra decidir, normalmente não gosta nem pode depender. Pense nisso!!

terça-feira, 7 de abril de 2015

O SEU PAPEL NA VIOLÊNCIA DO DIA A DIA

Reclamamos da violência do dia a dia, das notícias desagradáveis, das pessoas desonestas, dos preconceitos, das incompreensões das nossas necessidades, da falta de paciência dos outros, dos maus atendimentos que recebemos, do desamor nos relacionamentos, das amizades que desapontam, a família castradora e de tantas outras querências, mas não percebemos que a cada dia, alimentamos essa realidade brutal com nossas atitudes . Você acha que não? Então acompanha comigo: quando você está com problemas, você permanece paciente? Seus problemas amorosos, são todos responsabilidade do outro? Seus amigos que te decepcionaram, você os conhecia bem ou criou expectativas que eles são incapazes de suprir? Já parou pra pensar que atualmente todo mundo está preocupado em viver A PRÓPRIA vida? Não está entendendo o que uma coisa tem a ver com a outra? Bom... se você está preocupado em passar num concurso, conseguir promoção, comprar um carro novo, trocar a mobília da sua casa, fazer aquela viagem que você está sonhando há tempos, e tantas outras coisas da sua vida que mal sobra tempo pra você perceber o seu dia, qual o tempo que você tem pra se preocupar ou despender energia para as necessidades do outro? E quando você fura filas ou sonega impostos? Qual a “mão” que você dá pro seu amigo que está atolado com trabalhos da faculdade? Pra sua mãe que precisa ir ao médico, pro seu colega de trabalho que ainda não terminou a última demanda? Pro seu vizinho que não consegue achar uma auxiliar do lar ou para aquela criança que precisa de comida e mora em orfanato e tantas outras situações que passam batido sobre os olhos desatentos dos individualistas – egoístas. Estamos menos disponíveis e queremos sedentamente encontrar pessoas que assim sejam e realizem todas as nossas vontades. É lógico que elas existem, mas se a cada dia a percepção da individualidade cresce e arrebanha adeptos, é óbvio que as pessoas disponíveis estão “pari passu” menos presentes. É necessário assumirmos que, pra mudarmos o coletivo, precisamos mudar o individuo, afinal o coletivo é o conjunto dos indivíduos. Então, façamos a nossa parte: ajude, escute, pense, coloque-se no lugar do outro, tolere, seja indulgente, não humilhe, oriente, seja gentil. Certamente, aos poucos, o dia a dia mudará. O que você acha?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

FELIZ ANO NOVO!!

Ano novo, vida nova... Será mesmo? Estamos dispostos a deixar pra trás todos aqueles velhos hábitos que repetimos anos a fio? Aqueles que nos prejudicam, mas que fazemos mesmo assim? E aqueles que fazemos e não entendemos porque e logo depois, nos arrependemos. O que torna tão difícil o abandono de maus hábitos? Talvez a relação entre o prazer, mesmo que temporário ou de curtíssimo prazo, seja maior do que a manutenção de uma vida sadia. Será que isso sugere alguma debilidade psicológica/moral? Até que ponto o “permitir-se” não sinaliza alguma falha nesse sentido, se é que ela existe? Até que ponto uma vida sem transgressões é capaz de manter o brilho dos olhos de um reles mortal? Questões interessantes que me ponho a pensar, apropriadamente nesse início de ano... Fato é que no ano que acabou, consegui realizar alguns dos itens que me dispus a fazer. Outros não. Desses, alguns, já nem sei se quero realizá-los, outros definitivamente não mais. Mas, acho que é assim que se dialoga com o futuro, planejando, analisando o que deu certo, o que ainda combina com seu pensamento, com seu sonho, com seus desejos, com a vida que você quer pra você.  É claro que é uma ótima oportunidade pra perceber também, o quão longe você está dos planos que você fez... Fato é que, pra quem sabe aonde quer chegar, planejamento é sempre importante e indispensável. Mas, você tem que ter uma memória muito boa pra lembrar de tudo sem escrever... Então a sugestão é, faça uma lista de tudo o que você gostaria de realizar este ano. Depois, reveja a lista, seja coerente e racional e coloque a lista em ordem de prioridade, levando em consideração o tempo e a real possibilidade de execução, ou seja, o grau de dificuldade de realizar aquela demanda, assim no final do ano você poderá fazer essa análise que eu to fazendo. Isso me ajuda muito, sempre. Realinha a idéia do contexto da minha vida, o que ando fazendo, como ando gastando meu tempo e dinheiro, entre outras coisas e fazer a análise paralela pra ver se tudo o que fiz me deixou mais feliz ou não. Acho bacana fazer isso e pensar sobre essas coisas e você?