terça-feira, 7 de abril de 2015

O SEU PAPEL NA VIOLÊNCIA DO DIA A DIA

Reclamamos da violência do dia a dia, das notícias desagradáveis, das pessoas desonestas, dos preconceitos, das incompreensões das nossas necessidades, da falta de paciência dos outros, dos maus atendimentos que recebemos, do desamor nos relacionamentos, das amizades que desapontam, a família castradora e de tantas outras querências, mas não percebemos que a cada dia, alimentamos essa realidade brutal com nossas atitudes . Você acha que não? Então acompanha comigo: quando você está com problemas, você permanece paciente? Seus problemas amorosos, são todos responsabilidade do outro? Seus amigos que te decepcionaram, você os conhecia bem ou criou expectativas que eles são incapazes de suprir? Já parou pra pensar que atualmente todo mundo está preocupado em viver A PRÓPRIA vida? Não está entendendo o que uma coisa tem a ver com a outra? Bom... se você está preocupado em passar num concurso, conseguir promoção, comprar um carro novo, trocar a mobília da sua casa, fazer aquela viagem que você está sonhando há tempos, e tantas outras coisas da sua vida que mal sobra tempo pra você perceber o seu dia, qual o tempo que você tem pra se preocupar ou despender energia para as necessidades do outro? E quando você fura filas ou sonega impostos? Qual a “mão” que você dá pro seu amigo que está atolado com trabalhos da faculdade? Pra sua mãe que precisa ir ao médico, pro seu colega de trabalho que ainda não terminou a última demanda? Pro seu vizinho que não consegue achar uma auxiliar do lar ou para aquela criança que precisa de comida e mora em orfanato e tantas outras situações que passam batido sobre os olhos desatentos dos individualistas – egoístas. Estamos menos disponíveis e queremos sedentamente encontrar pessoas que assim sejam e realizem todas as nossas vontades. É lógico que elas existem, mas se a cada dia a percepção da individualidade cresce e arrebanha adeptos, é óbvio que as pessoas disponíveis estão “pari passu” menos presentes. É necessário assumirmos que, pra mudarmos o coletivo, precisamos mudar o individuo, afinal o coletivo é o conjunto dos indivíduos. Então, façamos a nossa parte: ajude, escute, pense, coloque-se no lugar do outro, tolere, seja indulgente, não humilhe, oriente, seja gentil. Certamente, aos poucos, o dia a dia mudará. O que você acha?